Esta é uma postagem, no mínimo, invulgar.
Mas não consigo ficar indiferente à agradável surpresa que tive na última aula de EV.
Os dias sucedem-se e, a cada novo dia, novos problemas parecem timbrar este cargo, por vezes tão pesado, de ser DT.
Ora são as faltas de atraso, ora de material, ora de TPC, ora a caderneta que falta, ora a confusão no intervalo, ora o material que desaparece, ora o trabalho de aula que não há meio de avançar, ora o arrufo deste, ora daquele... enfim... não há um momento de sossego, aparente que seja.
Mas, eis que... quando eu menos esperava, aflita que ía a caminho da sala, levando um braçado de equipamentos que me atrasavam no cumprimento da hora de entrada... não vejo ninguém à porta do bloco!
«Onde se terão metido todos?» Rabujei entre dentes, adivinhando o pior.
Seria possível que ninguém tivesse esperado por mim?
Subi as escadas, profundamente zangada e igualmente cansada, tal era o peso dos livros, do computador, do projector e da extensão.
Dobrei a esquina e preparei-me para, entre malas e cabos, procurar a chave da porta da sala.
Estranho foi ter reparado na porta aberta e, quando espreitei desconfiada de tal facto, deparei-me com a maior das surpresas:
Os meus meninos estavam todos na sala,
em aparente silêncio,
sentados e sossegadinhos!
«Eu não acredito!» Reclamei de imediato.
Furibunda que vinha! E que surpresa eu fiquei...
Nos dias que correm, as surpresas (as boas e agradáveis surpresas) parecem coisa rara...
Gostei!
Vou tentar agarrar-me a este momento e procurar não o esquecer.
Talvez me dê ânimo face ao que aí se adivinha... o mês de Janeiro está a findar e é tempo de fazermos um balanço do trabalho que temos vindo a realizar...
